Após a condenação de 11 anos de prisão por estuprar 12 mulheres em Campo Grande, Rafael de Souza Leite, acabou preso na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.
Antes de ser preso em outro município, Rafael invadiu uma casa em Campo Grande e tentou estuprar a moradora que estava com seu filho de 4 anos, na residência. A invasão aconteceu no dia 9 de maio deste ano, e o caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Ela disse que estava dormindo com seu filho quando, por volta da 1 hora da madrugada, Rafael abriu a janela de seu quarto dizendo que estava fugindo da polícia. Ela afirmou que ligaria para a polícia e ele passou a dizer: “eu sei que você quer, abre a porta moça”.
A moradora relatou que Rafael só não conseguiu entrar na casa porque a janela tem grade. Quando os militares chegaram, não encontraram ninguém. Ela fez o reconhecimento dele por foto quando preso pelos policiais.
A pena imposta foi de 7 anos de reclusão por estupro e 4 anos por roubo, totalizando 11 anos de reclusão em regime fechado, sem substituição. Rafael poderá apelar em liberdade.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta na denúncia que, no dia 14 de setembro de 2015, uma vítima foi roubada e estuprada por Rafael nas proximidades da Avenida Guaicurus. A mulher estava sozinha, foi atingida com um soco no olho pelo acusado e caiu no chão, quando foi imobilizada. Ela teve a boca tampada para não gritar e foi estuprada.
Só ao conseguir atingir o acusado nos olhos com as unhas, a vítima então conseguiu se livrar e gritar por socorro. Rafael pegou a bolsa da jovem e fugiu. Preso após investigações da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Rafael confessou este e outros 11 estupros contra mulheres, entre janeiro de 2015 e janeiro de 2017.
Ainda conforme a denúncia, os crimes foram praticados pelo acusado, com a ciência que ele era soropositivo. Ele chegou a declarar que tinha ciência que, se posto em liberdade e sob efeito de drogas, poderia voltar a praticar os crimes.
Ainda no interrogatório, a polícia registra 11 casos de estupro cometidos por Rafael. O 11º foi praticado em 11 de janeiro de 2017, quando ele invadiu a casa da vítima por volta das 3 horas, pela janela. Ele tampou o rosto da vítima com uma camiseta e a estuprou. Rafael se lembra de que havia um bebê na residência, em um berço. Após o crime, ele voltou na casa da vítima para roubar o celular.
Em 15 de dezembro de 2016, a 10ª vítima. Ele contou que não se recordava totalmente, que estava drogado e embriagado. Ele viu a mulher passar na rua, sozinha e a viu entrar em casa. Ele a seguiu, invadiu o local e estuprou a mulher. O 9º caso tinha ocorrido menos de um mês antes, em 17 de novembro de 2016.
Por volta das 10 horas da manhã, Rafael invadiu a casa da vítima, sabendo que o marido dela não estava no local, pois o conhecia e sabia a rotina da família. Ele foi até a residência fingindo que procurava pelo marido da vítima e a estuprou, ameaçando matar a mulher caso ela contasse para alguém.
O caso 8 ocorreu no dia 18 de outubro de 2016, por volta das 15h30, quando Rafael teria estuprado outra vítima. Ele, no entanto, disse que não foi o autor do crime. O 7º caso relatado ocorreu em 25 de agosto de 2016, por volta da meia-noite. Sobre este, Rafael disse que não se recorda, ao mesmo tempo em que teria cometido três ou quatro estupros neste bairro, no Los Angeles.
Depois, revela que tinha cometido o estupro e que negou para tentar ‘se livrar’. Rafael contou que invadiu uma residência também sabendo que a vítima estava sozinha. Com um caco de vidro, a ameaçou e estuprou a mulher. O 6º caso apontado pela polícia foi cometido em 17 de outubro de 2015.
Por volta das 5 horas, Rafael invadiu uma residência e, quando tentava estuprar a vítima, a mãe dela apareceu. Ele fugiu correndo do local. Em 14 de setembro de 2015, a 4ª vítima foi estuprada por Rafael no Jardim Colibri. Ele agrediu a vítima, a derrubou no chão, imobilizou, mas a vítima conseguiu reagir. O acusado tomou a bolsa da mulher e fugiu.
Sobre o 3º caso, em 26 e agosto de 2015, o acusado contou que aconteceu por volta das 5 horas. A vítima foi abordada no ponto de ônibus, ameaçada de morte com uma faca e levada até um terreno baldio, onde foi violentada. O celular da mulher foi roubado pelo acusado, que sempre trocava os pertences por drogas.
Em maio de 2015, há registro do que seria o segundo estupro cometido por Rafael, no Jardim das Nações, caso esse que ele nega. Já o primeiro caso data de 14 de janeiro de 2015. Neste dia, por volta das 8 horas, Rafael tinha usado drogas e andava em uma bicicleta cargueira. A caminho do Tarumã para comprar mais drogas, ele viu a vítima sentada na calçada perto do ponto de ônibus.
O acusado abordou a vítima e a estuprou. Mais de uma vez, no interrogatório, Rafael disse que se sentia arrependido dos crimes e que queria se retratar, sabendo que a culpa não era apenas das drogas, mas que, se não fosse usuário, não teria cometido os estupros.
Fonte: Midiamax