01/02/2023 às 11h57min - Atualizada em 03/02/2023 às 00h00min

Dois anos de Open Banking: quais os impactos que esta tecnologia trouxe ao mercado financeiro e quais as perspectivas para 2023

Criado em 2021, o sistema trouxe diversos benefícios aos brasileiros, desde liberdade de compra, segurança de dados até inclusão financeira

SALA DA NOTÍCIA Marcella Pedroso
www.vcrpbrasil.com
Divulgação
São Paulo, fevereiro de 2022 - Você certamente já deve ter ouvido falar no termo “Open Banking” em algum momento, não é mesmo? Criado em 1 de fevereiro de 2021 e, atualmente, denominado “Open Finance”, ele é um sistema que permite ao cliente unir todas as suas informações pessoais registradas em uma instituição financeira e transportá-las para onde quiser, sem a necessidade de começar um relacionamento do zero com um novo banco, fintech ou demais empresas financeiras disponíveis no mercado. 

Esta tecnologia tem como principais diferenciais o compartilhamento seguro e padronizado de dados entre as instituições financeiras participantes, o compartilhamento de dados, sob autorização prévia, dos clientes bancários, a criação do meio de pagamento Pix, a inclusão financeira, dentre outros.

Em celebração aos dois anos do Open Banking no Brasil, reunimos os principais executivos do mercado para comentarem os principais ganhos desta tecnologia e quais as novas perspectivas do setor para 2023. Veja abaixo:

Os ganhos expressivos: Open Banking X Open Finance

Para Luana Soratto, coordenadora do grupo de trabalho do Open Banking na Associação Brasileira das Fintechs (ABFintechs), são inúmeras as conquistas para os brasileiros durante a transição de fases da tecnologia.  “Se entrarmos hoje no portal Open Finance e verificarmos quem são as instituições financeiras participantes da Fase 2 (Compartilhamento de Dados), é possível identificarmos exatamente 100 marcas cadastradas como transmissoras e/ou receptoras de dados. Este número é expressivo se pensarmos que o Open Finance Brasil deu seus primeiros passos há apenas dois anos”, explica Luana.

A executiva explica ainda que além das grandes instituições financeiras, sendo muitas com participação obrigatória imposta pelo Banco Central, somam-se neste número as Fintechs, Cooperativas de Crédito, Meios de Pagamentos que, voluntariamente, aderiram ao ecossistema para poder receber dados e assim oferecer benefícios aos seus clientes e alavancar seus negócios. “No início deste imenso projeto, o foco principal foram as entregas regulatórias, para que o ecossistema pudesse começar a operar. Em menos de um ano, saltamos de 1 para 16 instituições habilitadas a operar como iniciadoras de pagamento, proporcionando ainda mais inclusão e liberdade de transação aos brasileiros. Para 2023, esperamos evoluções e melhorias, principalmente, no que se refere à qualidade dos dados e lançamentos de novas especificações, protocolos e funcionalidades que possibilitem uma melhor experiência do usuário nas instituições financeiras do Brasil”, finaliza.  

Como as fintechs podem somar à essa tecnologia?

Apesar do Open Finance já ser uma realidade no país, 60% dos brasileiros ainda não têm conhecimento sobre esse sistema financeiro, segundo levantamento feito em outubro pela Provu, fintech de meios de pagamento e crédito pessoal, com 2,6 mil entrevistados. No entanto, ao serem explicados sobre o que é o Open Finance, 84% disseram que acham benéfico aderir a ele. Quando perguntados se ter acesso a crédito com melhores preços, taxas e limites era um motivador para aderir ao Open Finance, 94% disseram que sim, contra 6% que negaram.

“O Open Finance permite que as instituições financeiras tenham mais informações do histórico de comportamento do cliente e, portanto, ainda mais capacidade de estender crédito com melhores taxas e maiores chances de aprovação. É um excelente avanço para as fintechs e também para os consumidores brasileiros, que irão desfrutar de serviços mais justos e personalizados para suas realidades”, diz Marcelo Ramalho, CEO da Provu.

Ainda há desafios para o futuro

Eduardo Prota, CEO da Fincare N26, acredita que o Open Finance tem potencial de revolucionar a forma de fazer transações financeiras no Brasil, mas que isso ainda precisa ser melhor percebido pelo cliente. Para Prota, ainda há um grande caminho a ser percorrido para gerar mais confiança nos consumidores, que ainda estão reticentes em relação à divulgação dos seus dados pessoais. Para ele, as instituições precisam encontrar formas de melhor apresentar as vantagens desse sistema como facilitadores para os clientes. “Há problemas que existem e que podem ser resolvidos com o Open Finance, mas percebo que devemos evidenciar mais casos de uso que geram valor ao cliente”, finaliza. 
Inovação que potencializa os negócios.

Segundo dados do Open Banking 2022, a busca pela inovação resulta num cenário financeiro muito mais competitivo, inclusivo e próspero para todos os participantes, principalmente para as empresas que buscam pela inovação e querem proporcionar os mesmos benefícios. “Ao permitir que os clientes utilizem serviços financeiros de um jeito simples, a empresa consegue atrair ainda mais usuários, fator competitivo e consequentemente, fidelizando-os ao negócio. Isso porque, o Open Banking juntamente com a tecnologia simplifica a diversificação de pagamentos e outros serviços que tornam a jornada de compra do seu público mais fluida, segura e transparente. A iugu por exemplo, está buscando se adequar para oferecer essa tecnologia aos nossos clientes em breve”, comenta Noel Rocha, Head de Produtos e Jornada da iugu, empresa de tecnologia para gestão e automatização de meios de pagamento.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://ynovenoticias.com.br/.